sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

ONGs auxiliam comissão que avalia situação de animais semidomiciliados na UFBA


Integrantes da comissão e ONGs firmaram parceria_foto_divulgação em 04_12_2012

Foto: Divulgação/Wagner Ferreira

Com o objetivo de contribuir para solucionar a situação dos animais que vivem nas dependências do campus da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador, integrantes da Associação Brasileira Protetora dos Animais – seção Bahia (ABPA-BA), do Instituto Cuidar é o Bicho e da Associação Brasileira Terra Verde Viva mais a advogada e vereadora eleita por Salvador para 2013, Ana Rita Tavares, reuniram-se na terça-feira, 4, com o pró-reitor de Administração da universidade Paulo Cezar Vilaça  de Queiroz e o diretor da Escola de Medicina Veterinária da Ufba José Vasconcelos Lima de Oliveira.
Durante a visita, as ONGs se ofereceram para integrar a comissão que avalia a situação desses animais. Também fazem parte da comissão, a Coordenação de Meio Ambiente e a Assessoria de Comunicação da Ufba.
De acordo com uma nota divulgada pela Assessoria de Comunicação da universidade no site da instituição, antes da participação das ONGs no debate, a comissão havia avaliado que “os animais não somente necessitam de cuidados como alimentação adequada, vacinação, controle de saúde e de reprodução, como também podem se constituir em ameaças à saúde e integridade física dos seres humanos que compõem a comunidade universitária.”
Cães e gatos vivem nos espaços da comunidade universitária e, mesmo com a simpatia de muitos estudantes e funcionários, têm gerado queixas por alguns alunos insatisfeitos com os animais semidomiciliados. “Acho que eles deveriam ter um lugar para viver com segurança porque devem sofrer maus tratos”, avalia a estudante de mestrado da Faculdade de Comunicação (Facom), Mariana Alcântara.
Segundo Ana Rita Tavares, o objetivo da comissão é preservar o bem estar dos animais e que a Ufba reconhece que os animais estão sob a tutela do Estado e qualquer dano a eles configura dano ao patrimônio público. De acordo com a vereadora, é preciso que esses animais sejam castrados, vermifugados e vacinados, além de terem uma alimentação adequada, e permaneçam no local, onde já estão adaptados. “É dever do Estado e da coletividade respeitar a vida dos animais. Os animais têm o direito de viver no meio ambiente.  A ideia de levar animais para abrigo é equivocada, porque eles perdem a liberdade”, critica.
A estudante de Jornalismo da Facom, Priscila Machado costuma cruzar com os animais quando vai almoçar no Restaurante Universitário e revela sempre ver cães e gatos que buscam por comida próximo ao estabelecimento. Priscila relembra a história de um cão que ficou tão famoso ao ponto de parar nas redes sociais. “Algumas pessoas colocavam comida para ele do lado de fora e até de dentro do restaurante. O cachorro ficou tão conhecido que criaram um perfil para ele no Facebook”, conta a estudante, que acredita que são poucas as pessoas que se incomodam com a presença dos animais. “Alguns alunos não gostam de almoçar com a presença deles”.
Durante a reunião, as ONGs se comprometeram em desenvolver um trabalho de educação e sensibilização com a comunidade universitária, que envolve estudantes, professores e funcionários. No próximo dia 11, às 9h, a comissão e as ONGs voltarão a se reunir para a apresentação do projeto de educação e outras providências.